segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Or Decomposition" ou "Mens End"?

Uma das características indesejadas em uma linguagem é a fraca diferenciação semântica entre dois construtores, característica esta que faz com que o modelador não saiba diferenciar em quais casos utilizar cada construtor. Na análise de objetivos, um exemplo deste fato ocorre entre os construtores sintáticos "or decomposition" e "means end".

Esta confusão decorre do fato de que ambas fornecem alternativas para o objetivo associado, podendo "acontecer" uma das alternativas ou todas, não havendo uma relação de exclusividade entre elas. Existe entre os pesquisadores uma discussão sobre a necessidade da existência dos dois construtores sintáticos nas linguagens, sendo que algumas linguagens já adotaram a postura de não apresentar os dois construtores em sua sintaxe.

A recomendação de uso para tais elementos é utilizar "or decomposition" entre elementos de um mesmo tipo e utilizar "means end" entre elementos de tipos diferentes.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Relação de Dependência

Quando pensamos em um cenário real de uma organização, devemos ter a percepção que os objetivos organizacionais são cumpridos de forma distribuída, com responsabilidades associadas a diferentes atores, os quais interagem e são interdependentes entre si.

A modelagem de objetivos fornece ao modelador a relação de dependência para permitir a descrição das relações entre atores e o contexto da relação (o objetivo). Entretanto é importante que o modelador entenda a diferenciação entre o conceito puro de dependência e o conceito de delegação.
Na dependência não há um compromisso firmado para o cumprimento do objetivo, enquanto que na delegação o "Depender" firmou um compromisso com o "Dependee" para o cumprimento do objetivo.

3ª Aula

Muitas das vezes, quando iniciamos a modelagem de objetivos de um determinado domínio, temos a necessidade de explicitar objetivos de caráter "subjetivo", os quais num primeiro momento não sabemos como cumpri-los ou que serão utilizados como critérios desejados. A subjetividade mencionada advém do fato de não ser possível medirmos a satisfação (ou não) do mesmo. Na modelagem de objetivos estes tipos de "goals" são denominados "soft goals".
Soft Goals normalmente se decompõem em Hard Goals, tornando possível a verificação de sua satisfação, além disso eles são utilizados para a realização da análise de contribuição entre os objetivos, o que auxilia o modelador em momentos de decisão.

Exemplo:

Soft Goal: "Desempenho Garantido"

Que por sua vez se decompõe em...

Hard Goal: "Recuperação de dados em no máximo 100ms garantida"
Hard Goal: "Gravação de dados em no máximo 150ms garantida"

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

2ª Aula

Gostaria de começar este post com uma pergunta: como a análise de objetivos se encaixa no processo de levantamento de requisitos ? Antes da resposta, propriamente dita, é necessário entender que a construção de um software visa atender à alguma necessidade de uma determinada organização, entretanto muitas das vezes estas necessidades são tratadas unicamente na perspectiva do produto em desenvolvimento, sem o correto mapeamento com a causa (objetivo organizacional) que originou o requisito.

A análise de objetivos trata deste ponto ao modelar os objetivos atuais da organização (Early Requirements), a fim de fornecer uma visão do estado atual da mesma, e ao modelar como o sistema proposto pode resolver os problemas da organização (Late Requirements). Esta sistematização permite que o modelador explore alternativas, que resultam em requisitos de software, orientando-se por objetivos organizacionais, além de manter "armazenadas" as outras alternativas descartadas.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

1ª Aula

Para um primeiro contato formal com Análise de Objetivos, a primeira aula apresentou suas potencialidades quanto ao entendimento dos objetivos (necessidades) dos agentes de um domínio e suas interdependências.

Neste primeiro contato com o assunto, dois pontos me chamaram atenção, o primeiro está relacionado à representação de objetivos organizacionais (agentes sociais), os quais não podem ser definidos pelos objetivos do "top manager" ou dos agentes operacionais, mas sim são resultantes dos objetivos individuais destes. O segundo ponto refere-se ao fato de que os artefatos gerados pela Análise de Objetivos funcionam como uma memória das decisões realizadas durante o processo, as quais culminaram no objeto final (produto), permitindo a rastreabilidade das escolhas.